Apesar disso, é importante ressaltar que, assim como a diferença no tratamento dos filhos pode ocorrer, o ressentimento entre os irmãos também pode. Em matéria da revista Mente Afiada, comentei sobre o assunto "Seja porque o menino fica incomodado porque menina tem mais atenção dos pais, ou a menina ressente o irmão porque ele pode fazer mais coisas que ela. O ressentimento entre irmãos, em relação aos pais, sempre vai existir, independentemente se é o primeiro, o segundo, ou terceiro filho”.

"As crianças e os adolescentes dão sinais, as pessoas que não veem ou não estão próximas a eles para enxergarem", afirma Liliana Seger, psicóloga clínica e coordenadora do Grupo de Transtorno Explosivo Intermitente, do Programa do Ambulatório dos Transtornos do Impulso, do Instituto de Psiquiatria da USP.

“Esses comportamentos acabam trazendo a essas crianças inúmeras dificuldades em diversas áreas de sua vida, seu dia a dia é tenso, estão frequentemente em estado de alerta e muitas começam, na infância, a desenvolver transtornos emocionais e transtornos psiquiátricos”, explica Liliana Seger, psicóloga clínica e doutora em psicologia pelo Instituto de Psicologia da USP.

Isolamento social, ansiedade e stress sobrecarregaram as pessoas durante a pandemia, e seus efeitos foram bastante percebidos em nosso espaço de maior convivência: nossa casa. Não à toa, confinados, muitos casais passaram por instabilidades e brigas, refletindo no aumento dos índices de divórcio em 2021.

Depois do domingo, relações desgastadas por causa de brigas políticas tiveram uma chance de reconciliação. A disputa acirrada entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva causou discussões, separações, choros e até expulsão nos grupos de família, nas redes. Mas existe um caminho para virar a página e conviver com quem pensa diferente.